pedra na vesícula

A pedra na vesícula é uma condição comum, mas muitas vezes silenciosa, até que se torna dolorosa. Quando os cálculos biliares se deslocam e obstruem os canais por onde passa a bile, surgem sintomas intensos, como cólicas e desconfortos abdominais que exigem atenção imediata.

Apesar de frequente, especialmente entre adultos, o problema costuma ser assintomático no início. No entanto, quando os sinais aparecem, podem indicar complicações que exigem tratamento rápido1.

Estima-se que o cálculo biliar atinja cerca de 6,1% da população mundial, afetando mais mulheres (7,6%) do que homens (5,4%)1.

Entender as causas, os sintomas de pedra na vesícula e como funciona o tratamento é essencial para reconhecer os sinais precocemente e proteger sua saúde.

Continue a leitura para saber mais sobre a função da vesícula biliar e as opções disponíveis para tratar os cálculos.

Resumo

  • A pedra na vesícula é um cristal sólido formado por colesterol ou bilirrubina, que se acumulam na vesícula biliar e podem causar dor quando obstruem os ductos2.
  • Os principais sintomas são: dor abdominal intensa, náuseas, febre, icterícia e urina escura, que surgem quando os cálculos bloqueiam o fluxo da bile3.
  • O que causa pedra na vesícula é o desequilíbrio na composição da bile, excesso de colesterol, de bilirrubina ou inatividade da vesícula2.
  • A cirurgia é o método de tratamento mais eficaz; medicamentos podem ajudar em casos leves ou quando a cirurgia não é viável3.

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Boa leitura!

O que é pedra na vesícula?

A pedra na vesícula é a formação de pequenos cristais sólidos compostos por colesterol, bilirrubina e sais biliares. Esses cálculos se desenvolvem na vesícula biliar, um pequeno órgão localizado na parte superior direita do abdômen. Muitas vezes, permanecem assintomáticos por longos períodos e são descobertos por acaso em exames de imagem2.

A função da vesícula é parecida com a da bexiga: armazenar a bile produzida pelo fígado até que ela seja necessária durante a digestão. Quando chega o momento, a bile é liberada por meio dos ductos biliares até o duodeno, a primeira parte do intestino delgado2.

Esse líquido é essencial para a digestão, pois emulsifica as gorduras, o que facilita a ação das enzimas digestivas sobre as moléculas2.

O acúmulo dessas pedras recebe o nome de colelitíase2. Em casos mais avançados, os cálculos podem se agrupar e formar uma massa com aparência semelhante à polpa de uma romã.

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

Geralmente, os sintomas de pedra na vesícula são silenciosos e passam despercebidos. Porém, quando um cálculo bloqueia a saída da bile, surgem sinais claros de obstrução, geralmente localizados na parte superior do abdômen, acompanhados por dor intensa e náuseas3.

Esses sintomas podem ser intermitentes ou contínuos. Quando o bloqueio é mais grave ou prolongado, outros sinais podem surgir, como3:

  • batimentos cardíacos acelerados;
  • febre;
  • fezes esbranquiçadas;
  • inchaço e sensibilidade abdominal;
  • pele e olhos amarelados (icterícia);
  • suor excessivo;
  • urina escura. 

A dor típica associada à pedra na vesícula é súbita, aguda e intensa, descrita como pontadas, cólica ou aperto. Em muitos casos, é acompanhada de enjoo e marca o início de uma crise de cálculo biliar3.

Essa dor costuma piorar após as refeições, quando a vesícula se contrai para liberar bile. A pressão sobre os ductos biliares aumenta, o que dificulta permanecer parado durante a crise3.

O sintoma pode durar de alguns minutos a várias horas, evoluir até atingir um pico e desaparecer gradualmente, o que ocorre quando o cálculo se move ou a pressão diminui3.

Estima-se que cerca de 1 em cada 10 pessoas com cálculos biliares apresente sintomas de pedra na vesícula perceptíveis dentro de cinco anos2.

O que causa pedra na vesícula?

O que causa pedra na vesícula é o acúmulo e endurecimento de componentes da bile, como colesterol, bilirrubina e sais biliares, que se concentram no fundo da vesícula ou nos ductos biliares2.

A forma mais comum da condição envolve os cálculos de colesterol, mas também existem os chamados cálculos pigmentares, formados por bilirrubina2.

Diversos fatores contribuem para a formação desses cálculos. Confira as principais causas da doença.

1. Acúmulo de bilirrubina

A bilirrubina é um subproduto da quebra de glóbulos vermelhos. Pessoas com distúrbios sanguíneos ou doenças hepáticas podem apresentar níveis elevados dessa substância, o que favorece a formação de cálculos2.

2. Excesso de colesterol

O fígado utiliza o colesterol do sangue para produzir bile. Quando há excesso de gordura circulando no organismo, o equilíbrio entre lipídios e ácidos biliares se rompe, o que facilita a cristalização do colesterol e, consequentemente, a formação de pedra na vesícula2.

3. Falta de sais biliares

Algumas doenças interferem na absorção adequada dos ácidos biliares, fazendo com que o corpo os elimine pelas fezes. Sem esses sais, o fígado não consegue produzir bile de forma eficiente, o que resulta em um líquido mais rico em gordura e propenso à formação de cálculos2.

4. Inatividade da vesícula biliar

Quando a vesícula ou seus ductos não funcionam corretamente, a bile permanece parada por mais tempo, o que favorece a formação de sedimentos. Essa disfunção pode ser causada por problemas musculares ou falhas na sinalização química que regula a contração do órgão2.

Para entender exatamente o que causa pedra na vesícula em cada paciente, os médicos analisam fatores individuais como idade, histórico familiar, níveis hormonais, peso e estilo de vida2.

O ultrassom abdominal é o exame mais rápido e acessível para visualizar a vesícula biliar e identificar a presença, quantidade e localização de pedra na vesícula2.

Qual o tratamento do cálculo biliar?

O tratamento do cálculo biliar pode variar conforme a gravidade do quadro e a intensidade dos sintomas. Em casos assintomáticos, ou seja, quando as pedras não causam dor nem risco imediato de obstrução dos ductos, muitas vezes não é necessário intervir3.

Quando há sintomas ou complicações, a cirurgia é a abordagem mais comum. A remoção completa da vesícula biliar é a solução mais eficaz em longo prazo para evitar a recorrência de novos cálculos. O procedimento é seguro, e a pessoa pode levar uma vida normal sem o órgão3.

Em situações nas quais a cirurgia não é indicada, seja por condições clínicas do paciente ou por preferência médica, medicamentos são prescritos para dissolver os cálculos3.

No entanto, esse tipo de tratamento é menos eficaz: pode levar meses ou até anos para surtir efeito, e os cálculos costumam reaparecer. Esse método funciona melhor em cálculos biliares pequenos e compostos por colesterol3.

Outra alternativa, para quem não pode se submeter à cirurgia, é a colocação de um cateter para drenagem da vesícula. Esse procedimento pode aliviar os sintomas e remover os cálculos presentes no órgão3.

Como cada caso exige uma abordagem individualizada, é essencial consultar um médico especialista para avaliar a melhor forma de tratamento. Caso você apresente sintomas de pedra na vesícula, procure atendimento médico quanto antes3.

Redobre os cuidados com a saúde

Após a cirurgia, a maioria dos pacientes não volta a ter problemas relacionados à pedra na vesícula. No entanto, alguns podem desenvolver diarreia crônica, já que, sem o órgão, a bile passa a fluir continuamente para o intestino2.

Mesmo com uma solução definitiva, adotar hábitos saudáveis é fundamental para prevenir o acúmulo de colesterol, um dos principais fatores de risco na formação de cálculos biliares. Veja algumas dicas importantes para proteger sua saúde3:

  • em caso de sobrepeso, faça a perda de peso de forma gradual;
  • invista em uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras;
  • mantenha um peso saudável;
  • pratique atividades físicas regularmente;
  • reduza o consumo de gorduras saturadas (presentes em carnes processadas, bolos, biscoitos, creme de leite, queijos e certos óleos).

Se tiver dúvidas sobre como cuidar da saúde da vesícula biliar, procure orientação médica ou nutricional. Um plano alimentar adequado, aliado à prática de exercícios, pode fazer toda a diferença na prevenção e no bem-estar em longo prazo3.

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