Médico explicando para o paciente o que é​ a colelitíase

Para entender o que é a colelitíase, basta saber que o termo se refere à “pedra na vesícula”, um órgão pequeno em formato de saco, localizado próximo ao fígado, que fica no lado direito do abdômen, abaixo da costela1.

A condição é relativamente comum na população mundial, afetando cerca de 10% a 20% das pessoas1.

As pedras podem se formar na vesícula sem causar sintomas. Os principais fatores de risco são processos inflamatórios e infecciosos. Quando surgem manifestações clínicas, o sinal predominante é dor aguda na região1.

Para não ser pego de surpresa, continue a leitura do artigo e saiba o que é​ a colelitíase, as causas, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e quando é necessário operar.

Resumo

  • A colelitíase é a presença de cálculos na vesícula biliar2.
  • As principais causas são o excesso de colesterol e bilirrubina que cristalizam no fundo do órgão e endurecem com o tempo2.
  • O quadro é assintomático, mas a movimentação das pedras pode causar dor intensa e náuseas2.
  • O tratamento só é cirúrgico quando os cálculos se movimentam e obstruem gravemente os ductos biliares2.

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Boa leitura!

O que é a colelitíase?

O termo descreve a presença de cálculos nas vias biliares, geralmente localizados na vesícula. “Cole” significa bile e “litíase” corresponde à formação de pedras. Os cálculos surgem quando o sedimento biliar se acumula e cristaliza no interior do órgão, o que origina as estruturas sólidas2.

Os sedimentos resultam do excesso de colesterol, um dos principais componentes da bile, ou de resíduos de bilirrubina2.

Quando esses elementos se acumulam, podem interferir diretamente no funcionamento da vesícula, órgão responsável por armazenar a bile produzida pelo fígado.

Os ductos biliares transportam essa substância até o intestino, onde ocorre a digestão das gorduras. Por esse motivo, o funcionamento adequado do órgão é essencial2.

Um estudo brasileiro sobre internações por colelitíase e colecistite entre 2019 e 2023 no SUS identificou mais de 1,3 milhão de casos no período. A faixa etária mais acometida foi de 40 a 49 anos (20,99%), com predominância feminina (76,35%)3.

Mas, afinal, o que causa a colelitíase e quais fatores elevam o risco de desenvolvimento da doença? Confira a resposta no próximo tópico.

O que causa a colelitíase?

O excesso de colesterol e bilirrubina na vesícula está entre as principais causas de cálculos. A cristalização dos sedimentos ocorre no fundo do órgão, onde endurecem com o tempo. As pedras de colesterol, tipo mais comum, apresentam coloração amarelo-esverdeada, enquanto as pigmentares, formadas por bilirrubina, são escuras2.

Com a compreensão básica do que é a colelitíase, é possível identificar fatores que favorecem o acúmulo de sedimentos na vesícula2.

Esses elementos alteram a composição da bile ou comprometem a dinâmica de esvaziamento do órgão, situação que amplia o risco de desenvolvimento da condição. Confira2:

  • aumento de bilirrubina: ocorre quando um distúrbio sanguíneo destrói grande número de glóbulos vermelhos ou quando o fígado apresenta dificuldade para processar bilirrubina, subproduto da quebra dessas células;
  • excesso de colesterol: o fígado coleta esse componente do sangue. Níveis elevados modificam a composição da bile e favorecem a formação dos cálculos;
  • inatividade dos ductos biliares: falhas na motilidade muscular ou nos sinais químicos que regulam o movimento tornam a vesícula inativa e impedem a liberação adequada da bile. Essa condição amplia a chance de formação de pedras na vesícula;
  • níveis insuficientes de sais biliares: doenças como Crohn e doença celíaca prejudicam a absorção de ácidos biliares, o que provoca perda por meio das fezes. Com poucos sais disponíveis, ocorre desequilíbrio da bile e surgem sedimentos.
  • diagnósticos de distúrbios metabólicos: como diabetes, obesidade, resistência à insulina e dietas ricas em gorduras saturadas e açúcar, e pobres em fibras, podem predispor a problemas na vesícula.

Fatores de risco

Além das alterações listadas, outros fatores elevam a probabilidade de desenvolver a condição, como1,2:

  • idade avançada;
  • mulheres em idade reprodutiva;
  • comorbidades, como sedentarismo e obesidade;
  • jejum prolongado (diminui a capacidade de contração da vesícula);
  • perda brusca de peso;
  • fatores genéticos (estima-se que sejam responsáveis ​​por 25% a 30% do risco de formação de cálculos).

Leia também: Fígado e vesícula biliar: como funciona a secreção de bile?

Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

A colelitíase é uma condição assintomática, ou seja, a presença de cálculos não provoca desconforto imediato. Porém o quadro pode evoluir quando ocorre deslocamento pelo trato biliar. Dependendo do tamanho, podem ficar presos e obstruir o fluxo de bile, situação que gera dor intensa e complicações graves2.

A dor se localiza na parte superior do abdômen. Náuseas também estão entre as manifestações relatadas, com intensidade variável e episódios que podem surgir de forma intermitente ou contínua2.

Geralmente, essa resposta fisiológica indica o impacto da obstrução do cálculo sobre o trajeto da bile. Outros sintomas que podem surgir são2:

  • batimentos cardíacos acelerados;
  • febre;
  • fezes claras;
  • inchaço e sensibilidade abdominal;
  • pele e olhos amarelados;
  • sudorese;
  • urina escura. 

Em média, 10% dos indivíduos com cálculos desenvolvem sintomas dentro de cinco anos após o diagnóstico e 20% dentro de vinte anos2.

Agora que você tem uma visão ampla sobre o que é colelitíase, as causas, sintomas e fatores de risco, confira como os médicos chegam ao diagnóstico e ao tratamento do quadro.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

Quando surgem sintomas, a investigação inclui exames de sangue e de imagem. Os testes laboratoriais revelam sinais de inflamação, infecção ou icterícia[3] [4]  (pele e olhos amarelados) e indicam possíveis órgãos comprometidos, enquanto os exames de imagem identificam a área afetada do trato biliar e a presença de cálculos2.

A ultrassonografia abdominal costuma ser o primeiro método solicitado por ser rápida, acessível e dispensar preparo prévio2.

O exame detecta grande parte dos cálculos dentro ou ao redor da vesícula, além de fornecer uma visão clara das estruturas biliares e orientar etapas posteriores do processo diagnóstico2.

Quando o cálculo permanece preso em outro ponto do trato biliar, exames complementares são necessários, como ressonância magnética e ultrassonografia endoscópica, que localizam com maior precisão a obstrução2.

Tratamento

O tratamento após o diagnóstico varia conforme o quadro clínico. As medidas iniciais priorizam o alívio das crises, com dieta pobre em gordura e uso de antieméticos e analgésicos. Nessas situações, o risco de recorrência é alto, o que pode exigir intervenção definitiva2.

Se a dor é frequente, as opções incluem colecistectomia laparoscópica eletiva, abordagem menos invasiva, ou colecistectomia aberta, indicada para remoção do órgão em casos complexos2.

A escolha da via de tratamento cabe ao médico, conforme as características individuais. Por isso, nem sempre quem tem colelitíase tem que operar2. Essa é uma dúvida bem comum. Confira a resposta no próximo tópico.

Quem tem colelitíase tem que operar?

Não necessariamente. A indicação cirúrgica depende do deslocamento dos cálculos e do risco de obstrução conforme o local onde ficam retidos. Estruturas maiores que 1 cm apresentam maior tendência a bloquear o ducto cístico e favorecer quadros agudos, situação que exige intervenção rápida para evitar complicações2.

Portanto, a simples identificação de cálculos não determina cirurgia. Após a confirmação do diagnóstico, o paciente realiza acompanhamento regular e segue orientações médicas direcionadas ao controle dos sintomas e à prevenção de episódios dolorosos futuros2.

Colelitíase afeta o fígado?

A condição pode comprometer o fígado quando ocorre obstrução dos ductos biliares, situação que favorece o acúmulo de bile no órgão. O bloqueio provoca aumento de bilirrubina, elevação de enzimas hepáticas e inflamação que pode causar inchaço no fígado, além de elevar o risco de infecções quando a obstrução é grave4.

O que não comer com colelitíase?

As orientações alimentares incluem evitar preparações gordurosas, fritas, excessivamente salgadas ou altamente processadas, como frituras, carne vermelha, laticínios integrais, doces e embutidos. Esses itens elevam a contração da vesícula e favorecem crises dolorosas, especialmente quando o órgão apresenta dificuldade para liberar bile de forma eficiente5.

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A orientação profissional garante acompanhamento contínuo, identificação precoce de alterações e definição das medidas mais eficazes, fatores que preservam a função hepática e reduzem os riscos de agravamento do quadro.

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