
Apesar de ser um sintoma comum de várias condições, de problemas gastrointestinais a infecções respiratórias, sentir gosto amargo na boca pode ser fígado. Esse tipo de causa é raro, mas reúne doenças potencialmente severas, cujo tratamento custa até R$ 300 milhões anualmente ao SUS. 1,2
É o caso de hepatites virais agudas e da cirrose, quadros que comprometem a função hepática, provocam acúmulo de toxinas no corpo e podem gerar complicações para outros órgãos. 2-4
Nesse artigo, mostraremos quais problemas no fígado podem desencadear distúrbios do paladar, quais outros sintomas servem de alerta e o que fazer para se cuidar. Além disso, você poderá conferir as causas mais comuns da disgeusia e qual o tratamento recomendado nessas situações.
Resumo:
- Apesar das doenças hepáticas serem causas raras da disgeusia, termo técnico para alterações no paladar, sentir gosto amargo na boca pode ser fígado. Há indícios que sugerem o sintoma como resultado do excesso de toxinas no organismo ou das alterações neurológicas causadas pela redução da função hepática. 2-4
- No contexto de problemas do fígado, você pode ficar com o paladar amargo, azedo ou metálico, além de sentir um gosto diferente ao que está acostumado durante as refeições. Esse cenário pode ocorrer em quadros de cirrose, hepatite viral aguda, fibrose, insuficiência, esteatose hepática avançada e outras doenças que comprometem a atividade metabólica do órgão. 5-8
- Entre as causas mais comuns, a boca amarga pode ser sinal de falta de higiene oral adequada, desidratação, alterações hormonais, distúrbios metabólicos variados, refluxo gastrointestinal, infecções respiratórias ou resultado do tabagismo. 2
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Gosto amargo na boca pode ser fígado?
Sentir gosto amargo na boca pode ser fígado doente, pois a redução da função hepática pode comprometer o metabolismo. Consequentemente, é possível desenvolver um acúmulo de toxinas em circulação no corpo, além de sofrer alterações neurológicas que impactam a percepção do paladar. 2
Nesse cenário, você pode notar que os alimentos estão com um sabor diferente do que está acostumado. Existem relatos de pacientes que ficaram com o paladar azedo ou metálico com o avanço do quadro hepático. 3,4
Por que o fígado deixa a boca amarga?
Conforme explicado, problemas hepáticos levam ao aumento da concentração de resíduos metabólicos e toxinas no organismo, além de prejudicar o funcionamento do trato digestivo. Esses efeitos estão entre as causas mais prováveis da disgeusia constante. 4
Outro aspecto que ajuda a entender por que o fígado deixa a boca amarga é o impacto do distúrbio metabólico no funcionamento das papilas gustativas. 4
Evidências sugerem que a redução da função hepática afeta o comportamento dos sensores responsáveis pelo paladar. Além da sensação de boca amarga, você pode notar diferenças no sabor dos alimentos que costuma comer. A causa exata desse fenômeno ainda não foi determinada. 4
Outros sintomas de problemas no fígado
Além da disgeusia, você deve ficar atento a outros sintomas comuns de fígado atacado, com destaque para os seguintes: 5-8
- dor abdominal, especialmente do lado direito ou na zona superior da barriga;
- icterícia, quando a pele e os olhos ficam amarelados devido à alta concentração de bilirrubina no sangue;
- inchaço nas pernas e pés;
- coceira na pele;
- urina escura e fétida;
- fezes claras;
- náusea e vômito;
- perda de apetite;
- perda de peso sem razão aparente;
- hematomas e sangramentos frequentes e/ou inexplicados.
- Boca amargando: o que pode ser?
As doenças hepáticas estão entre as causas mais severas e raras da disgeusia. Neste contexto, veja o que pode ser a boca amargando com frequência: 2,3
- falta de higiene oral: a falta de escovação, uso do fio dental e outros cuidados com a higiene oral pode provocar cáries, placa, gengivite e outras alterações que deixam um gosto ruim na boca;
- desidratação: não repor fluidos e ingerir pouca água no dia a dia pode irritar o trato digestivo e provocar o amargor no fundo da garganta;
- alterações hormonais: desequilíbrio hormonal impacta o funcionamento do corpo — inclusive das papilas gustativas. Esse quadro afeta principalmente as mulheres durante a menstruação, menopausa e gestação;
- distúrbios metabólicos: outros distúrbios metabólicos, além das doenças do fígado, podem alterar o paladar, como diabetes, hipotireoidismo e problemas renais;
- problemas gástricos: alterações gastrointestinais podem fazer a acidez estomacal subir o esôfago e causar alterações no paladar, principalmente no quadro de refluxo gastroesofágico;
- infecções respiratórias: redução, perda ou alteração no paladar pode resultar de infecções respiratórias que afetam a mucosa oral e da garganta, como a gripe e o resfriado;
- tabagismo: o cigarro danifica a mucosa da garganta, intoxica o organismo e irrita o trato gastrointestinal, portanto é um dos piores hábitos para quem sofre com disgeusia.
- Doenças do fígado que causam alterações no paladar
Teoricamente, qualquer doença do fígado pode comprometer a função hepática, impactar o metabolismo e desencadear o quadro de disgeusia. A seguir, explicaremos os principais exemplos e como proceder em cada cenário.
1. Cirrose
A cirrose é o estágio avançado da fibrose hepática, resultante de degradação acelerada e danos frequentes ao fígado, muito além da sua capacidade de regeneração. Nesse quadro, a membrana hepática fica coberta por cicatrizes e um tecido rígido incapaz de executar suas atividades biológicas, tais como: 5
- quebrar e processar toxinas, gorduras e nutrientes;
- excretar resíduos metabólicos para limpar o organismo;
- produzir e armazenar proteínas importantes para o funcionamento do corpo, como fatores de coagulação e albumina;
- regular a secreção e processar a bile;
- controlar a concentração de bilirrubina no sangue.
Na maioria dos casos, não há como curar a cirrose, pois os danos no fígado são irreversíveis. Contudo, o tratamento pode prolongar a vida e promover o bem-estar do paciente, além de diminuir o risco de complicações fatais. 5
2. Hepatites virais
Hepatites virais são infecções do fígado causadas por diferentes tipos de vírus, classificadas pelas letras A, B, C, D e E. Além do gosto amargo, os sintomas comuns dessas condições são: 6
- cansaço excessivo;
- febre;
- mal-estar generalizado;
- tontura;
- náusea, enjoo e vômito;
- dores abdominais;
- perda de apetite;
- pele e olhos amarelados (icterícia);
- urina escura e com mau odor;
- fezes claras ou opacas.
Essas infecções agudas podem causar um quadro de fibrose e comprometer a função hepática. Em geral, o tratamento de suporte é eficaz para impedir o avanço da doença e maiores complicações. De qualquer modo, é importante ficar atento ao risco e investigar quadros suspeitos o mais rápido que puder. 6
3. Esteatose hepática
A esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo de gordura nos hepatócitos, células que formam o tecido do fígado. Também conhecida como doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica ou fígado gorduroso, o quadro provoca inflamações que danificam o órgão e afetam os níveis de enzimas que controlam o seu funcionamento. 7
Quando ocorrem, os sintomas de gordura no fígado são os seguintes: 7
- ascite (inchaço abdominal);
- coceira e erupções na pele;
- perda de peso sem motivo aparente;
- perda de apetite;
- náusea;
- icterícia;
- sangramento no trato gastrointestinal.
Porém, a maioria dos casos de esteatose hepática são assintomáticos nos estágios iniciais da doença. Assim, é importante monitorar a saúde e realizar exames preventivos, especialmente para pessoas com alto risco de desenvolver a doença, como é o caso dos seguintes grupos: 7
- pacientes com diabetes tipo 2;
- pessoas com dislipidemia (nível elevado de colesterol e/ou triglicérides no sangue);
- hipertensos;
- pessoas obesas ou com sobrepeso.
4. Insuficiência hepática
A insuficiência hepática é uma condição grave que pode ser aguda ou crônica. Em ambos os casos, resulta na redução da capacidade do fígado de remover toxinas, produzir proteínas e atuar na metabolização de nutrientes para o corpo. 8
Com a perda dessas funções essenciais, outros grupos de órgãos são impactados, principalmente os rins, além do sistema nervoso, da imunidade e da capacidade de coagulação do sangue. Os sintomas de insuficiência hepática mais comuns são: 8
- acúmulo de toxinas no organismo;
- icterícia;
- hematomas e sangramentos devido aos problemas de coagulação;
- hipertensão da veia porta;
- insuficiência renal;
infecções mais frequentes em outras áreas do corpo, por conta da imunidade baixa;
hipocalemia, hipoglicemia e outras complicações metabólicas. 8
O tratamento é essencial para prevenir complicações e permitir a regeneração do fígado. Quando os danos são irreversíveis, pode ser necessário realizar o transplante do órgão. 8
O que fazer para melhorar a boca amarga?
A boca amarga pode ser um sintoma de múltiplos problemas de saúde. Assim, não há uma única solução para lidar com alterações no paladar. Ao perceber esse tipo de desconforto, você pode tomar as seguintes precauções: 2
- reforçar a higiene oral: escovar os dentes e usar o fio dental pode eliminar resíduos de alimentos e outros gatilhos para o amargor na boca;
- manter-se hidratado: beber água e ficar bem hidratado no dia a dia pode manter a boca limpa e remover o sabor amargo da língua, além de prevenir irritações no trato digestivo;
- evitar alimentos indigestos: azia, má-digestão e refluxo estão entre as causas mais comuns do gosto amargo na boca. Assim, é importante adequar a dieta e evitar alimentos que irritam o estômago ou são difíceis de digerir;
- investigar e tratar a condição: se perceber sintomas recorrentes, procure um médico para investigar a causa do problema e tratar a disgeusia corretamente.
Como doenças hepáticas costumam evoluir de forma silenciosa, agir com rapidez pode acelerar o diagnóstico e aumentar a eficácia do tratamento. 2-8
Epocler trata distúrbios metabólicos do fígado
Como sentir gosto amargo na boca pode ser o fígado, você pode contar com Epocler flaconete para aliviar este sintoma em caso de associação com distúrbios metabólicos hepáticos. 9
O medicamento combina citrato de colina, betaína e racemetionina, três aminoácidos que ajudam a eliminar toxinas, resíduos do metabolismo e gordura do fígado. Além disso, pode prevenir a infiltração de novas moléculas gordurosas, o que auxilia na proteção da função hepática. 9
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Epocler. citrato de colina, betaína monoidratada e racemetionina. Indicações: tratamento de distúrbios metabólicos hepáticos. MS 1.7817.0079. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Fevereiro/2025.
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