Cálculo biliar, ou pedra na vesícula, é o nome dado à formação de depósitos concentrados de bile no organismo. Em muitos casos, esses cristais são minúsculos e não atrapalham o fluxo digestivo. Já em outros, são capazes de obstruir o trato biliar e podem provocar sintomas intensos, além de complicações graves para a saúde 1,2.
Devido aos potenciais riscos, é importante entender o que causa, quais os métodos de diagnóstico e como tratar a condição conhecida entre os médicos como colelitíase 1.
Nesse post, entenda a relação entre cálculo biliar e fígado sobrecarregado e veja como prevenir problemas de saúde desencadeados por distúrbios hepáticos 2.
Aproveite a leitura!
Resumo
- O cálculo biliar é uma formação sólida de bile encontrada no fundo da vesícula ou nos ductos biliares. Esses cristais podem obstruir o fluxo do fluido digestivo e desencadear vários problemas de saúde, como cólica biliar e inflamações diversas 1.
- Geralmente, as pedras se formam quando há excesso de um ou mais ingredientes secretados pelo fígado para compor a bile. Nesse cenário, os mais comuns são o colesterol e a bilirrubina 2.
- Colesterol alto, distúrbios hepáticos, doenças sanguíneas e interrupções no fluxo biliar (colestase) estão entre as condições que favorecem o surgimento dos cálculos 1-3.
- É possível dissolver pedras na vesícula com medicamentos administrados por via oral, mas esse tratamento não é tão efetivo. Na maioria dos casos, é necessário remover os cálculos ou retirar totalmente a vesícula por meio de cirurgia 1.
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O que são cálculos biliares?
São formações sólidas de bile concentrada encontradas na vesícula ou nos ductos que formam o trato biliar. Geralmente, as pedras, como também são conhecidas, obstruem os canais responsáveis por transportar esse fluido digestivo, o que aumenta a pressão interna e causa dor intensa, entre outros sintomas 1-3.
No meio médico, a condição é caracterizada como colelitíase. Normalmente, o quadro ocorre quando há um desequilíbrio na proporção dos ingredientes da bile produzida no fígado. Assim, quando o fluido é armazenado na vesícula, o excesso de sedimentos se cristaliza e dá origem aos cálculos 1-3.
Formações na vesícula sempre causam dor ou podem ser silenciosas?
Não é sempre que a condição causa a cólica biliar, popularmente conhecida como crise de vesícula. Normalmente, sintomas como dor e náusea surgem apenas quando o cálculo obstrui o fluxo biliar. Esse cenário pode ocorrer se houver bloqueio na vesícula ou, em casos mais graves, nos ductos biliares 2,3.
Quais são os sinais e sintomas de pedra na vesícula?
Geralmente, os cálculos provocam mal-estar apenas se houver obstrução do fluxo de bile. As principais queixas são dor abdominal na parte superior direita, náusea e vômito. Já nos quadros mais severos pode haver sudorese, febre, taquicardia, inchaço e rigidez abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes esbranquiçadas 1,2.
Se você tiver pedra na vesícula, pode sofrer de cólicas biliares após refeições pesadas ou volumosas 1.
Nesse cenário, é possível confundir os sintomas com outros problemas digestivos que causam má digestão constante. Porém, destacamos que a colelitíase não costuma provocar arrotos e queimação. Além disso, barriga inchada e gases são sintomas raros para o quadro 1-3.
O que causa a colelitíase? Quais são os fatores de risco?
Normalmente, o cálculo biliar se forma quando um ou mais componentes da bile são secretados em excesso pelo fígado. Assim, quando o fluido é armazenado na vesícula, os sedimentos gradualmente se concentram em depósitos sólidos. Na maioria dos casos, essas formações são compostas por cristais de colesterol ou bilirrubina 2.
As alterações na composição da bile podem ser causadas por 1-3:
- colesterol alto;
- doenças sanguíneas que provocam excesso de bilirrubina no sangue;
- distúrbios que afetam a absorção de ácidos biliares;
- lentidão ou interrupção do fluxo biliar (colestase).
- distúrbios do fígado que aumentam a secreção de colesterol, bilirrubina e outros resíduos que podem ser transportados para a vesícula junto da bile.
Além disso, você tem mais risco de desenvolver pedras na vesícula se apresentar uma ou mais das características a seguir 1:
- sexo feminino;
- idade avançada;
- sobrepeso;
- obesidade;
- histórico familiar de cálculos biliares;
- perdeu muito peso rapidamente, seja por cirurgia bariátrica ou dieta com restrição de calorias.
Que tipo de complicação pode ser causada por pedras na vesícula?
Além da cólica biliar, se o fluxo de bile for bloqueado, o fluido pode voltar pelos ductos e impactar outros órgãos do sistema digestivo. Nesses casos, podem se desenvolver inflamações agudas, como colecistite, colangite, pancreatite e hepatite. A condição também eleva o risco de infecções bacterianas 2.
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar, enquanto a colangite é o quadro inflamatório que afeta os ductos biliares. A pancreatite atinge o pâncreas e a hepatite é a inflamação do fígado 2.
Como é feito o diagnóstico de cálculo na vesícula?
Após observar o quadro sintomático, o médico pode pedir exames de sangue e imagem para complementar a sua investigação. Nesse cenário, o hemograma ajuda a detectar se há inflamação, infecção ou icterícia, enquanto ultrassonografias de abdômen permitem identificar e medir os cálculos, além de localizar bloqueios no trato biliar 1.
Importante destacar que, enquanto o ultrassom abdominal pode detectar até 95% dos cálculos biliares na vesícula, a precisão é menor se as pedras estiverem nos ductos do trato biliar. Para esses casos, é mais comum o uso de exames mais complexos, como 1:
- colangiopancreatografia por ressonância magnética;
- ultrassonografia endoscópica;
- colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
É possível dissolver cálculos sem cirurgia? Em quais casos?
Existem medicamentos com ácidos biliares, como o ácido ursodesoxicólico, capazes de dissolver as pedras. Enquanto cálculos minúsculos demoram em torno de seis meses para desaparecer, os maiores levam de um a dois anos. Geralmente, esse tratamento é indicado apenas se a cirurgia for arriscada demais para o paciente 1.
De todo modo, a efetividade do tratamento é limitada. Mesmo quando o remédio consegue dissolver os cálculos por completo, em 50% dos casos as formações na vesícula retornam em até cinco anos 1.
Como é feito o tratamento da colelitíase?
Se os cálculos estiverem nos ductos biliares, é possível removê-los cirurgicamente por meio da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), procedimento que também auxilia no diagnóstico do quadro. Por outro lado, se as pedras bloquearem a entrada da vesícula, pode ser necessário uma cirurgia para remover o órgão, conhecida como colecistectomia 1.
No CPRE, é introduzido um pequeno tubo com câmera e instrumentos pela boca até o duodeno (primeira parte do intestino delgado). Durante o procedimento, o médico remove a parte que conecta o canal biliar ao intestino, refaz a ligação e, em determinadas situações, alarga o fim do ducto biliar para prevenir obstruções futuras. Essa cirurgia é eficaz em 90% dos casos 1.
Já a colecistectomia (cirurgia de remoção da vesícula) é aceita como a forma mais confiável de eliminar e prevenir o retorno dos cálculos alojados no próprio órgão. O método é considerado simples, de baixo risco e, normalmente, não compromete a qualidade de vida do paciente após a realização 1.
Qual a relação entre cálculo biliar e fígado sobrecarregado?
Doenças do fígado podem servir de gatilho para a formação de pedras na vesícula, já que reunir os ingredientes necessários e produzir a bile são funções do fígado. Nesse cenário, restos metabólicos, como a bilirrubina, e colesterol podem ser secretados em excesso, o que aumenta o risco de colelitíase 1-3.
Por esse motivo, evitar a sobrecarga do fígado é uma forma de prevenir distúrbios relacionados à eliminação de bile e metabolização de gorduras. Se você precisar de ajuda nesses casos, pode contar com o Epocler comprimido 4.
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